8º ano


Apostila de Voleibol
4.1- Toque
4.5- Cortada.
4.6- Bloqueio.

1- Histórico.
O vôlei, dinâmico e exigente do ponto de vista físico, foi criado em 1895 curiosamente para os alunos de meia-idade da Associação Cristã de Moços (ACM) da cidade de Holyoke, Massachusetts, nos EUA. O diretor de educação física da unidade, William G. Morgan, considerava o recém-inventado basquete muito extenuante e dedicou-se à criação de um novo esporte, mais leve.
Antes de ser volleyball, foi chamado de minonette, não se sabe por quê. Inspirado no tênis, foi nos primeiros dias disputado com uma câmara de bola de basquete, com a rede a 1,98m do chão. Por ser muito leve, a câmara foi substituída pela própria bola, mas seu peso castigava demais as mãos dos jogadores. Para salvar sua invenção, o professor Morgan encomendou uma bola especial à empresa A. G. Spalding & Brothers. Era o impulso necessário para seu desenvolvimento. A internacionalização da novidade, no entanto, só começou, pelo Canadá, após o estabelecimento das primeiras regras, em 1900. Antes, porém, desde 1896, com algumas diferenças, chegou ao Japão por meio da enorme rede da ACM. Do país do sol nascente, espalhou-se para regiões próximas da Ásia.
Na América do Sul, o vôlei também chegou pelas mesmas vias. Os missionários norte-americanos Joseph Lockey e José Macknight, ligados à ACM, apresentaram o esporte ao Peru, em 1910, em meio à organização do ensino primário, empreitada para a qual foram contratados pelo governo do país. Também ensinaram basquete e handebol. Dois anos depois, foi a vez do Uruguai.
Essa primeira década do século foi decisiva para que o esporte ganhasse feição própria, com ajustes no regulamento e com a evolução tática. Surge o rodízio (1912), os filipinos criam a cortada (1916), a rede para homens é colocada a 2,43m do chão, adota-se o set de 15 pontos (1917), cada time passa a ter seis jogadores (1918), a jogada é limitada a três toques (1920).
Ao Brasil, o vôlei chegou em 1915. Aportou em São Paulo na bagagem de professores da mesma instituição cristã. Ganhou força em 1923, quando o Fluminense organizou um torneio com vários clubes, no Rio. No ano seguinte, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, também do Rio, exigiu que seus filiados disputassem competições da nova modalidade. A coerção durou seis anos, mas o primeiro campeonato nacional, entre seleções estaduais, aconteceria só em 1944. São Paulo ganhou o torneio masculino e Minas Gerais, o feminino.
Nesses tristes anos, o vôlei se popularizava em todo o planeta na velocidade dos mísseis teleguiados. Os soldados ianques da 2ª- Guerra, entre uma bomba e um disparo de canhão, jogavam vôlei nos acampamentos militares onde quer que estivessem acantonados. O primeiro campeonato mundial, para seleções masculinas, foi organizado logo em 1949, em Praga. Para mulheres, em 1952, em Moscou. Nos dois eventos o Brasil não esteve presente nem para ver a URSS brilhar.
O vôlei virou olímpico em 1964, quando já tinha 50 milhões de praticantes no planeta e atraía até 60 mil torcedores aos jogos em vários países. A URSS triunfou no masculino (o Brasil ficou em 7º-) e o Japão, no feminino ­ nossas moças estrearam em Moscou-80.

2-Como é jogado
O voleibol é um esporte jogado entre duas equipes, com seis jogadores cada, em uma quadra dividida por uma rede. O objetivo do jogo é fazer a bola cair no campo do adversário, enviando-a por cima da rede e entre as antenas laterais e impedir que isto aconteça no seu próprio campo. Cada equipe dispõe de três toques para devolvê-la à quadra adversária, além do toque no bloqueio. A bola é colocada em jogo com um saque: o jogador golpeia a bola enviando-a por cima da rede para a quadra adversária. A bola continua em jogo até que caia dentro da quadra, vá para "fora" ou a equipe não a devolva corretamente para a quadra oposta. No vôlei, o time que ganha um rally marca um ponto. Quando a equipe receptora ganha um rally, ganha um ponto e o direito de sacar, e seus jogadores mudam de posição, efetuando um movimento de rotação sempre no sentido dos ponteiros do relógio. Cada partida é disputada em melhor de cinco sets, ganhando quem vencer três. Cada set tem 25 pontos. Caso haja empate em 24, ganha quem abrir dois pontos de vantagem. Apenas no quinto set é que a pontuação vai até 15. E, havendo empate em 14, acaba vencedor quem abrir dois pontos sobre o adversário.
.Cada equipe tem 01 (um) capitão, dentro de quadra, 01 (um) técnico, dirigindo e 06 (seis) jogadores reservas.
- A bola deve ser de cor clara e uma circunferência de 65 á 67 cm. Deve pesar de 260 á 280 gramas, e Ter 06 (seis) libras de ar em sua câmara.
- A quadra é retângulo de 18m de comprimento e 9m de largura, circundada por uma zona livre com, no mínimo 03 (três) metros.
-O espaço livre de jogo é todo o espaço situado acima da área de jogo, livre de qualquer obstáculo, devendo medir, no mínimo, 7m de altura, a partir do solo.
-Nas Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, a zona livre deve ser de, no mínimo, 5m a partir das linhas laterais e de 8m a partir das linhas de fundo. O espaço livre de qualquer obstáculo, medido da superfície da quadra, deve ser de, pelo menos, 12,5m de altura.
- 03 (três) metros da linha central que divide á quadra, passa outra paralela a ela (linha de três metros ou linha de ataque). A área entre a linha central e a linha de ataque é chamada zona de ataque.
- A zona de saque é toda á linha de fundo da quadra.
- A rede tem 9,50 cm de comprimento, 01 metro de largura, antenas de 1,80 cm de altura, para limitar o espaço aéreo de jogo.
- Altura da rede: Masculina 2,43 cm, Feminina 2,24 cm


Quadra de Jogo

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Posição dos jogadores na hora do rodízio:

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4 a.e 3 a.c 2 a.d
5 d.e 6 d.c 1 d.d

Defesa direita - tem que está atrás do ataque direito e do lado do defesa central.
Defesa central - tem que esta atrás do ataque central e entre o defesa direito e esquerdo.
Defesa esquerdo - tem que esta atrás do ataque esquerdo e ao lado esquerdo do defesa central.
Ataque direito - à frente do defesa direito e ao lado direito do ataque central.
Ataque central - À frente do defesa central e entre o atacante direito e esquerdo
Ataque esquerdo - À frente do defesa esquerdo e ao lado esquerdo do ataque central.

3- Qualidades assências de um jogador de voleibol:
- Força;
- Resistência (Muscular, aeróbica e anaeróbica);
- Velocidade;
- Flexibilidade;
- Coordenação.

Uniformes dos Atletas:
Os atletas deverão usar camisetas, calções e caçados leves e flexível.
Os atletas de cada equipe deverão levar no peito números de 1 á 18, com 15 cm de altura. A largura dos traçados dos números, deverá ser de 2cm.
Importante: O líbero, posição criada há pouco tempo, deve usar uniforme de cor diferente para se destacar entre os demais jogadores.

Composição da equipe de arbitragem.
O jogo é dirigido por uma equipe com:
01 (um) 1º árbitro;
01 (um) 2º árbitro;
01 (um) Apontador;
02 (dois) Fiscais de linha.

- O 1º árbitro dirige o jogo e suas decisões são soberanas, ele é responsável pela normalidade do jogo na quadra.
- O 2º árbitro auxilia o 1º e se posiciona no lado oposto ao 1º árbitro.
- O apontador é responsável pelo registro das ocorrências do jogo na súmula e pelo marcador.
- Os fiscais de linha são em n.º de 02 (dois) no mínimo e se posicionam diagonalmente.

4 - Fundamentos do Jogo.
Toque p/ cima - principios técnicos


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O toque é o fundamento mais característico do voleibol. Ele é importante, porque é responsável pela preparação do ataque e também serve como forma de defesa.
Como a manchete, exige a participação total do corpo. A primeira preocupação de um jogador que vai executar o toque por cima é colocar o corpo embaixo da bola, estando as pernas semiflexionadas e afastadas lateralmente (distância = a largura dos ombros), pés voltados para frente.
O tronco deverá estar ligeiramente inclinado para frente, mãos voltadas para cima em forma de concha, dedos afastados com os polegares a altura da testa e voltados para os olhos. Os braços devem esta semiflexionados.
Obs:
1º- Os braços não poderão estar muito afastados, tal posição fará com que os polegares sejam projetados para frente o que determinará um toque irregular, além de provocar contusões dos dedos.
2º- É importante a participação de todos os dedos no toque, principalmente dos polegares, indicadores e médios, que determinem a direção da bola, os outros dois servem apenas de apoio.
3º- Deverá haver uma extensão dos membros superiores de tal forme que ao terminar o toque as mãos e dedos devem dar a impressão que fizeram o último esforço ao empurrar (impulsionar) a bola.
Importante: Muitas vezes durante uma partida, a bola passa bem acima da cabeça do jogador, o que dificulta a realização de um simples toque. Normalmente, isso acontece porque o jogador espera uma bola curta, mas sua trajetória é longa.
Para auxiliar os jogadores nessas situações, foram criados toques alternativos que dispensam a precisão no posicionamento das pernas, braços e tronco. Entre os mais comuns estão:

Machadinha
Na machadinha, as mãos ficam em forma de concha, unidas com os polegares cruzados e os braços devem estar semiflexionados e inclinados para trás. No momento da aproximação da bola, a batida deve levanta-la o máximo possível, para que seu companheiro prepare uma nova jogada.
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Punho fehado
Com a mão fechada o jogador bate, como se fosse dar um soco.
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Tipos de toque p/ cima.
- Toque alto
- Toque médio
- Toque baixo
- Toque em suspensão

4.2- Manchete
A manchete é utilizada para a recepção do saque e para defender cortadas. Ela exige do atleta, atenção especial para a posição de diversas partes do corpo, principalmente as pernas, braços e ombros.
Para recepcionar a bola, com o máximo de eficiência, o jogador necessita ficar com as pernas semiflexionadas e com um afastamento lateral proporcional à largura dos ombros. Uma perna deve estar ligeiramente à frente da outra.
Os braços devem estar estendidos, as mãos unidas e os ombros projetados para frente, rebatendo a bola com o antebraço, que é uma região que suporta melhor os fortes impactos provocados pelas cortadas.
Com o objetivo de ampliar a área do antebraço que rebaterá a bola, as pontas dos dedos devem estar apontados para baixo (extensão dos punhos).

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4.3- O passe
O passe no voleibol é considerado em duas situações: na recepção da primeira bola, em manchete ou toque por cima; e na preparação do ataque, com o levantamento da bola.
Pra receber a bola, o jogador precisa se posicionar de uma forma correta, que lhe permita deslocamentos rápidos. É o que se chama de posição de expectativa. Ou seja, a preparação para o passe.
O jogador fica com as pernas semiflexionadas - afastadas na largura aproximada dos ombros - e com os braços semiflexionados à frente do tronco. Normalmente, no jogo de voleibol, o jogador se mantém nessa posição em duas ocasiões.
A primeira é o momento em que a bola está com o time adversário. Nesse instante, ele precisa observar atentamente a direção da bola para saber se deverá intervir ou não. Esse posicionamento favorece a rápida aplicação da manchete.
Na outra ocasião, a direção tomada pela bola já está definida, isto é, a equipe adversária já formou o lance de ataque. Dessa forma, o jogador já está em posição defensiva e passa a se preocupar com uma possível bola rebatida.
Obs: É importante observar que os outros companheiros, que não defederam a bola, precisam manter uma posição de auxílio ao receptor da bola, pois dali pode surgi a formação de uma nova jogada ofensiva.

4.4- Saque
É o ato de se colocar a bola em jogo, golpeando com uma só mão ou punho a bola solta no ar, pelo jogador que executa o saque, sendo o lance mas rápido de se conseguir o ponto. A mão a golpear a bola, poderá estar aberta em forma de concha ou fechada.

Tipos de saques:
Saque por baixo
Este tipo de saque é mais fácil de ser executado por quem está aprendendo a jogar voleibol. Ele é mais simples e por isso as chances de acerto são maiores.
Para sacar por baixo, o jogador fica de frente para a rede, tendo a perna de apoio à frente e o peso sobre a perna de trás.
O braço que vai sacar precisa ficar estendido, formando um tipo de alavanca. O outro, semiflexionado, segura a bola na altura da mão que irá bater na bola.(altura do umbigo).
No momento do golpe na bola, o jogador deve utilizar a parte superior da palma da mão, lançando-a com força moderada.
 Saque por baixo

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Saque por cima
O saque por cima, além de ser um instrumento de ataque, funciona como um bom aprendizado para a cortada. Esse saque tem maior potência e menos precisão em relação ao saque por baixo, por isso requer mais treinamento.
 Para realizá-lo, o jogador lança a bola a cerca de 8cm de sua cabeça, já preparado para batê-la. Novamente as pernas devem estar semiflexionadas. A de apoio fica à frente e a outra, em elevação, sustenta o peso do corpo.
A bola é golpeada com a palma da mão e o braço, assim como o tronco, acompanha o movimento durante o maior tempo possível (inclinando o corpo para frente, a bola ganhará maior força e velocidade).

Saque balanceado
O jogador tem que se posicionar de lado para a quadra de jogo, com o ombro direito (esquerdo se for sinistro) paralelo à linha de fundo e a perna esquerda (direita p/ os canhotos ou sinistros) um pouco à frente. Para sacar, ele segura a bola com a mão que não vai golpeá-la.
A mão que vai golpear sai de trás e ataca a bola no ponto mais baixo, depois que ela foi lançada pela mão que está segurando. É importante utilizar bastante força, para que a bola chegue à quadra do adversário e dificulte a recepção.



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